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VI CONGRESSO DA APLOP - Marta Mapilele

FORTALEZA, 2009

Português une estratégias

Fundeadas por mais de 20 anos, desde a década de 1980, e retomada há apenas dois anos atrás, com a criação da Secretaria Especial dos Portos (SEP), a necessidade de reformas urgentes, o reaparelhamento e a expansão dos terminais marítimos nacionais voltam à superfície das discussões e já começam a transpor os limites das águas territoriais brasileiras. Hoje e amanhã, representantes dos principais portos integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) discutem, em Fortaleza, a internacionalização do setor, durante o II Encontro dos Portos da CPLP.

Tendo com convergência a língua portuguesa, dirigentes de companhias docas e líderes empresariais do Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Portugal se reúnem para trocar experiências, conhecimentos e para fortalecer parcerias institucionais. O debate ganha força diante de um “oceano” de dificuldades, que ainda os separam da condição de um bloco comercial capaz de atrair armadores à criação de uma linha comum entre os países lusófonos.

“A tônica do encontro será a troca de experiências, debates sobre os novos projetos de engenharia e os impactos ambientais, dragagem, capacitação de mão de obra”, sinaliza o diretor presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Jorge Luiz de Mello. Representando o titular da Secretaria Especial dos Portos, ministro Pedro Brito, que se encontra em viagem à Alemanha, Luiz de Mello reconhece que o maior entrave para o incremento das relações comerciais entre os países de língua portuguesa está na baixa capacidade econômica, sobretudo dos países africanos.

Segundo ele, como a decisão pela criação de novas rotas marítimas comerciais ainda está sob o “timão” dos armadores, os portos brasileiros e demais terminais lusófonos devem buscar investir na infraestrutura, a começar pela dragagem dos portos. “A solução (do modal marítimo) passa pela adequação das avenidas marítimas, que são os canais de acesso aos portos”, defende Mello.

Conforme explica, por muitos anos, as matérias e demandas relativas ao setor ficaram em terceiro plano, atrás das questões dos modais rodoviário e ferroviário. Para ele, somente após a criação da SEP, as companhias docas, gestoras dos portos passaram a ser encaradas pelo governo de forma mais técnica, profissionalizada, “com menor interferência política”.

Apesar dos avanços, Mello avalia que o setor ainda precisa passar por profundas alterações, a começar pela revisão da Lei dos Portos, a rediscussão do papel da alfândega, maior interação dos 37 agentes públicos que gerem o setor, incremento da profissionalização das atividades portuárias e transformação da SEP em ministério, para maior propulsão ao setor.

FONTE


 



Data: 2012-11-03

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